Eis que em um determinado momento da vida, surge um desejo profundo de contribuir com o coletivo, de mudar determinadas realidades, enfim, de fazer a diferença. Esse é o sentimento que move um empreendedor social.
A história da própria Ago reflete exatamente esse contexto.
A vontade de ajudar as pessoas a tornarem reais os seus propósitos de transformar o mundo foi o ponto de partida. Ali nasceu um negócio que vem fortalecendo o ecossistema de impacto social no Brasil.
A questão é que, muitas vezes, as pessoas:
Esses dois aspectos vêm ao encontro de um fato que é um verdadeiro alerta: atualmente nós vivenciamos questões latentes para a sobrevivência das pessoas e do planeta – desafios humanitários, sociais, econômicos e ambientais.
Neste sentido, existe uma necessidade cada vez maior de compreender o que significa ser um empreendedor social, reconhecer o potencial desse papel e de propagar essa ideia. E é a respeito disso que vamos falar aqui!
O empreendedorismo social já é um movimento amplo, estruturado e composto de diferentes atores que fomentam o impacto positivo em diferentes áreas. Pensando nisso, conheça melhor a respeito do que ele significa.
Um jovem de 19 anos, morador do sertão do estado de Alagoas e movido pela vontade de trazer oportunidades para a sua comunidade, um dia se mobilizou para lutar contra a realidade que via ao redor: fome, evasão escolar, pobreza e violência.
O sonho de Luiz César era “ver outros jovens sonharem e, principalmente, realizarem esses sonhos”. Com esse propósito, e ao lado de outras pessoas da sua idade, idealizou um projeto que incentiva o protagonismo da juventude da região onde mora.
O projeto do Luiz é um entre muitos apoiados pela Ashoka, uma organização que atua em mais 90 países do mundo incentivando o empreendedorismo social.
A Ashoka é uma organização social fundada por William (Bill) Drayton, o responsável por popularizar o termo empreendedorismo social.
A instituição nasceu para promover as ações dos empreendedores sociais, considerados por Drayton verdadeiros agentes de transformação, pessoas com soluções inovadoras para os problemas da sociedade.
Segundo ele, são aqueles que “não se contentam apenas em dar um peixe ou ensinar a pescar. Eles não vão descansar até que tenham revolucionado a indústria pesqueira”.
Bill Drayton. Fonte: LinkedIn
De lá para cá, e inspirado na atuação de Drayton, o conceito de empreendedorismo social se estabeleceu como um formato que usa elementos das práticas tradicionais (inovação, gestão, modelo de negócio, sustentabilidade financeira) para impactar positivamente a sociedade.
Talvez você ainda esteja em dúvida sobre o que distingue, na prática, o empreendedorismo social, também chamado empreendedorismo de impacto, do tradicional.
Vamos lá.
Uma das máximas de qualquer negócio (desde as pequenas empresas até as grandes corporações) é alcançar lucro, certo?
A diferença mora justamente aí.
Empreendedores sociais têm como principal objetivo o impacto gerado, ou seja, a mudança que são capazes de promover na sociedade ou no meio ambiente.
Em vez de retorno financeiro, solução de problemas. Essas prioridades são o que fazem a diferenciação.
Considerando o que já vimos até aqui, podemos resumir esse papel da seguinte forma: gerar uma transformação social ou ambiental através de um modelo de operação financeiramente sustentável.
Dentro dessa definição, é possível subdividir as expectativas a respeito da atuação desse empreendedor, identificando como esse papel se constrói ou o que se espera desse agente de transformação:
No decorrer deste artigo, você vai entender as circunstâncias em que cada um desses itens se encaixam e podem ser realizados.
Como você deve imaginar, o empreendedorismo social tem o poder enorme de atingir diferentes territórios, contextos, realidades, perfis sociais e econômicos. Em outras palavras, trata-se de um potencial imenso para beneficiar uma grande diversidade de causas.
Para ficar mais fácil compreender a abrangência e a relevância desse movimento, que tal conhecer algumas delas?
Esta, certamente, é uma das causas que mais abarca ações e projetos. Um dos motivos é a amplitude de possibilidades: reforço escolar, alfabetização, educação empreendedora, atividades esportivas e artísticas, entre tantas outras.
A Associação Sementes do Vale é um exemplo de instituição que faz esse trabalho tão significativo. De lá do sertão mineiro, eles levam atividades culturais, esportivas e de qualificação profissional à população local.
Um dos problemas mais graves da nossa sociedade atual é o desemprego. Além dos milhões de trabalhadores informais, tem sido cada vez mais difícil a entrada de boa parcela dos jovens no mercado de trabalho. Sem contar nas barreiras que envolvem etarismo e preconceito racial.
A Compassiva age neste leque tão vasto de espaços de atuação. A organização, que fica na cidade de São Paulo, prepara imigrantes refugiados com aulas de português, intervém na revalidação de diplomas e dá suporte no encaminhamento a empregos aqui no Brasil.
Outras causas que passaram a receber um olhar muito forte em todos os ambientes são a diversidade (acolher os diferentes perfis) e a inclusão (promover ambientes de respeito e igualdade de oportunidades para a diversidade).
A Rios de Mim faz um trabalho fantástico com a população negra, gerando acolhimento e fortalecendo a autoestima a partir da inteligência emocional. Tudo isso para o resgate do amor próprio e desenvolvimento da autoconfiança e segurança para enfrentar os desafios que essas pessoas enfrentam diariamente.
Com tantas agressões às florestas, aos rios e mares, a diversidade animal sofre ameaças diárias. Pensando nisso, existe muito a ser feito para proteger e preservar as espécies da nossa fauna em todos os biomas.
A Onçafari pode se orgulhar de cumprir esse papel. A organização faz ações responsáveis de ecoturismo e de cuidados com espécies ameaçadas de extinção.
Cuidar do meio ambiente equivale a cuidar da nossa própria casa, concorda?
Embora esse lar sofra maus tratos de todas as formas e todos os dias, para nossa sorte, existem muitos empreendedores que se dedicam a diminuir ações ambientais nocivas e recuperar áreas e recursos naturais.
No litoral paulista, o Instituto Nova Maré faz um trabalho de mostrar que a sustentabilidade é possível e viável. Em um espaço controlado, a Ilha do Arvoredo, eles desenvolvem projetos que envolvem ciência, educação e tecnologia para viabilizar alternativas de conservação e preservação ambiental.
Além dessas que acabamos de ver, há diversas outras causas: moradia, direitos civis, combate ao racismo e à lgbtfobia etc.
Inclusive, para quem tem interesse, mas ainda não sabe exatamente em que área atuar, existe um portal que oferece um teste. Na plataforma Descubra a sua causa, você responde a algumas perguntas que levam à identificação de um propósito a ser apoiado.
Benefícios para as pessoas, para as comunidades, para o planeta.
O resultado gerado por todas as causas, quando apoiadas de forma estruturada e consistente, são impactos determinantes:
Mas precisamos fazer um aviso importante!
Não basta ter boa vontade para agir. O segredo para um empreendedor social gerar impacto está em alguns princípios. Eles fazem parte da metodologia de ensino da Ago, desenvolvida para alavancar e fortalecer o setor de impacto positivo.
Olhar externo
O empreendedor precisa direcionar um olhar para o que está ao redor, ou seja, ações de outros empreendimentos, doadores, mercado, comunidade e todas as oportunidades que possam trazer desenvolvimento e crescimento.
Mentalidade
A nossa forma de pensar e de enxergar as coisas conduz nossas atitudes e direciona nossas decisões. O que isso quer dizer? Que pensamentos de colaboração, aprendizado permanente, crescimento e abundância são essenciais.
Ideias e planejamento em prática
Em nossa experiência de anos de trabalho ao lado de empreendedores sociais, podemos dizer que nenhum deles prosperou sem ir para a prática. Mesmo em situações em que os cenários não pareçam ideais, é preciso se movimentar.
Comportamento empreendedor
O empreendedor é um visionário. Ele se sensibiliza com uma dor ou problema e se compromete com a solução. Só que tornar essa solução uma realidade requer observar o cenário, ouvir todos os stakeholders, testar as possibilidades, aprender com os erros, fazer os ajustes necessários e praticar melhorias constantes.
Sustentabilidade financeira
Não precisamos falar do quanto o dinheiro é crucial para realizar um projeto e, principalmente, fazê-lo crescer. Logo, seja em uma organização social ou em um negócio de impacto, garantir a recorrência do recurso é questão de sobrevivência.
E, quando se fala nesse assunto, uma dúvida costuma surgir: é correto ter lucro enquanto o propósito é resolver um problema social ou ambiental?
A resposta, com toda a certeza, é sim!
Embora seja comum haver uma certa “culpa” em ganhar dinheiro quando se trabalha com empreendimentos sociais, o fato é que sem haver lucro o seu empreendimento apenas sobrevive, ou então, deixa de causar um impacto muito maior!
Logo, ter um modelo de atuação de acordo com a lógica de mercado (com a comercialização de um produto ou serviço) garante que a instituição seja sustentável financeiramente, inclusive remunerando melhor as pessoas que trabalham ali.
Essa é a única forma de ter mais êxito na realização do propósito e escalar os benefícios!
Aqui na Ago, nós usamos como uma das bases da formação de um empreendedor social a Teoria Effectuation. Você conhece?
A ideia nasceu durante uma pesquisa da cientista indiana Sara Sarasvathy, na Universidade Carnegie Mellon. Em seu projeto, Sara entrevistou empreendedores bem-sucedidos para entender como era o desempenho deles diante dos problemas.
Como resultado, a pesquisadora descobriu que todos sabiam agir com improviso, lidar com surpresas, eram flexíveis quanto aos objetivos e usavam os seus recursos de maneira criativa. Em outras palavras, eles sabiam como fazer as coisas acontecerem independentemente do cenário.
Essas descobertas se transformaram em um conceito muito difundido no meio empreendedor, o Effectuation, os quais até viraram um livro.
A lógica do Effectuation tem cinco princípios:
Com a nossa experiência de quase vinte anos convivendo no ambiente do empreendedorismo social, podemos dizer que esse método pode ser determinante para o sucesso de um projeto ou negócio.
Mas e como converter o Effectuation em ações do dia a dia? A resposta virá nos dois tópicos a seguir!
Você deve imaginar que o êxito em qualquer atividade requer competências técnicas e comportamentais.
Para realizar o empreendedorismo de impacto não é diferente.
Estruturar e administrar uma organização ou negócio vai exigir de você conhecimentos de gestão em todas as áreas: pessoas, finanças, processos, vendas, marketing etc. Essa base vai ser responsável por fazer a operação diária funcionar, os procedimentos acontecerem corretamente e a dinâmica ser eficiente para chegar aos resultados esperados.
Entretanto, uma operação perfeita depende diretamente da postura das pessoas envolvidas. É aí que entra o aspecto do comportamento.
Já falamos aqui a respeito de mentalidade. Ela estabelece o modo como as pessoas encaram as situações e como lidam com as circunstâncias. Sendo assim, as habilidades
comportamentais são indispensáveis para enfrentar e ter sucesso em um setor tão desafiador como o socioambiental.
Assim, você deve desenvolver:
Pode parecer muita coisa, mas, acredite, todos esses comportamentos se retroalimentam. Na medida em que você evolui em um, contribui para a fluência de todos os demais.
Depois de uma base técnica e comportamental bem estabelecida, é hora de colocar a mão na massa considerando os fundamentos do Effectuation – começando com o que está disponível, sendo flexível e se adaptando às ocorrências durante a trajetória.
Com tudo isso em mente, a sequência as etapas para começar um empreendimento são as seguintes:
As Organizações da Sociedade Civil (OSCs) são entidades privadas, sem fins lucrativos, e com personalidade jurídica própria, constituídas na forma de associações ou fundações.
Os negócios de impacto, por sua vez, são empreendimentos que têm a intenção clara de endereçar um problema socioambiental por meio de sua atividade principal. Como já dissemos, eles atuam de acordo com a lógica de mercado, com um modelo de negócio que busca retorno financeiro, e se comprometem a medir o impacto que geram.
Essa clareza é indispensável na hora da escolha.
O empreendedor precisa desse conhecimento prévio sobre os detalhes de cada formato, compreender quais são os benefícios e vantagens de cada um e, por fim, formalizar o empreendimento.
A causa onde atuar deve estar relacionada à vontade pessoal de mudar uma realidade. Essa identificação é fundamental, afinal de contas, se trata do contexto em que o propósito será colocado em prática.
A decisão acerca da causa já foi tomada? Se sim, agora vem o momento de ir a campo:
A fase anterior trará um conjunto rico de informações, dados e constatações capazes de direcionar uma ideia promissora de empreendimento, correto?
Sendo assim, com base no mapeamento realizado, chega a vez de criar um modelo de negócio estruturado, a partir do qual nascerá um planejamento. Esse modelo deve responder a perguntas estratégicas, entre as quais:
As respostas serão a bússola para guiar a vida do empreendimento daqui em diante.
Aqui se trata de conceber e validar a solução. Quer dizer, trazer o planejamento para a realidade, produzir e oferecer o produto, implementar o serviço.
Talvez a maneira mais eficiente de fazer isso seja através do chamado MVP (Minimum Viable Product). Em português, Produto Mínimo Viável, ou seja, uma versão simplificada de um produto ou serviço final, suficiente para ser testada no mercado.
Quando você utiliza um MVP, consegue colocar à prova a sua solução junto aos seus clientes sem, contudo, fazer um alto investimento de produção neste início.
Na sequência, com os primeiros resultados, há possibilidade de analisar o desempenho e fazer ajustes que sejam necessários.
Neste caso, o impacto se refere não à performance comercial do produto ou serviço, mas sim, do quanto a geração de receita foi capaz de atender ao objetivo do empreendimento.
Para ficar mais claro, vamos a um exemplo.
Imagine que uma organização social atua na causa da Educação e tem como objetivo oferecer atividades de música e esportes no contraturno das crianças que moram ou estudam na região.
Para pagar os custos administrativos e as aulas de professores que não são voluntários, algumas mães da comunidade se reúnem duas vezes por semana para produzir pães e bolos e vender no comércio local.
Este é o modelo de negócios: a venda dos pães e bolos.
A medição do impacto, nesse exemplo, vai mostrar quantas crianças foram atendidas e beneficiadas em um determinado período com a receita gerada pelas vendas.
Se tudo der certo, com o tempo o empreendimento vai se estabelecer, crescer e começar a caminhar de forma mais autônoma – com as pessoas atuando mais independentemente.
Porém, esse cenário não se constrói sozinho. Para que ele aconteça, as pessoas que trabalham ali, principalmente as que ocupam posições de liderança e gestão, têm que estar preparadas.
Neste sentido, cabe o comportamento de aprendizado permanente e, para quem está à frente de toda a gestão, entra o compromisso em desenvolver as pessoas.
Fazer um empreendimento crescer significa ganhar escala, tracionar as vendas, gerar mais impacto. E, justamente, pensando na expansão do impacto, é papel do empreendedor pensar nesse aspecto.
Existem algumas opções para conduzir essa evolução, como oferecer variações ou novos produtos e serviços ou ampliar os canais de venda. Normalmente, isso vai requerer investimento, e essa também é outra questão a se pensar: a receita gerada tem sido suficiente para, além de suportar as despesas, ser usada como investimento?
Se não, outra alternativa pode ser a captação de recursos – dinheiro, propriamente dito, profissionais especialistas para consultorias ou mentorias, matéria-prima, equipamentos etc.
Embora pareça uma jornada longa, esses passos são completamente possíveis. Alguns empreendedores sociais, inclusive, percorreram a trilha e atingiram patamares extraordinários de resultados.
Trouxemos aqui algumas dessas histórias.
A maioria de nós desconhece a dimensão do que é feito ao redor do planeta por pessoas que se dedicam e promovem transformações sociais, não apenas com seu trabalho, mas também inspirando outros novos empreendedores.
Conheça alguns deles.
Muhammad Yunus
Um dos mais célebres nomes no ecossistema, o economista e banqueiro Muhammad Yunus, é o precursor do conceito de negócio social.
Vencedor do Prêmio Nobel da Paz, em 2006 ele começou a combater a pobreza em seu país natal, Bangladesh, oferecendo microcrédito para milhões de famílias de baixa renda.
Hoje, as iniciativas criadas por Yunus reúnem modelos de consultoria de inovação, investimento de impacto e um conglomerado de empresas que buscam soluções para os problemas da humanidade ao redor do mundo.
Fonte: yunnusb.com
Adriana Barbosa
Ela já esteve na lista dos 50 negros com menos de 40 anos mais influentes do mundo, idealizou um dos maiores eventos de cultura negra da América Latina e ajudou milhares de empreendores pretos a serem protagonistas das suas vidas e terem seus próprios negócios aqui no Brasil.
A Adriana Barbosa criou, em 2002, o Instituto Feira Preta e começou a atuar com capacitação técnica e criativa para o empreendedorismo negro no país.
Com o tempo e a inclusão de diferentes projetos no mesmo segmento, surgiu o Preta Hub, uma plataforma com iniciativas voltadas para o desenvolvimento econômico da população preta por meio do empreendedorismo.
Daniel Asare-Kyei
Daniel é ganês, empresário e economista agrícola, e há quase vinte anos se dedica ao desenvolvimento de empreendedorismo e ciência.
Ele usou suas pesquisas para ajudar no progresso tecnológico das áreas rurais de Gana e fundou a Esoko. A empresa contribui na formação de produtores rurais africanos com inclusão digital e desenvolvimento econômico das comunidades.
Os serviços da Esoko já alcançaram milhões de agricultores, informando, conectando e qualificando tecnicamente por meio do uso de tecnologia.
Fonte: LinkedIn
Gilson Rodrigues
O baiano Gilson Rodrigues começou o seu propósito de trabalhar com as pessoas ainda no movimento estudantil e, desde então, não parou de mobilizar comunidades.
Ele é presidente da G10 Favelas, fundou o G10 Bank (fornecendo crédito a empreendedores da favela) e a Bolsa de Valores da Favela (plataforma através da qual as pessoas adquirem frações de empresas que operam nas comunidades brasileiras).
Para se ter uma ideia, A G10 teve uma participação vital durante a pandemia da covid-19 no suporte às famílias carentes. Hoje, possuem resultados impressionantes no combate à fome com a doação de milhões de cestas básicas e de marmitas, por exemplo.
Fonte: LinkedIn
Todas elas são pessoas extremamente inspiradoras, não é verdade? Mas, e quem tem vontade, porém não sabe por onde começar, como fazer?
Desde 2021 a Ago ajuda empreendedores e empreendimentos sociais a se estruturarem, a se desenvolverem e a crescerem em seus propósitos.
Já impactamos mais de 1.100 alunos, de mais de 144 cidades do Brasil e 5 países do mundo. Além disso, oferecemos projetos em parceria com empresas, institutos e fundações para fomentar o setor em áreas como inovação social, responsabilidade social empresarial, voluntariado corporativo, desenvolvimento sustentável, transformação social, investimento de impacto e geração de valor compartilhado.
Somado a tudo isso, contamos com um time de profissionais com anos de experiência junto ao social, uma comunidade para trocas de experiências e networking e, ainda, uma rede de professores e mentores que são referência no mercado e dentro do setor de impacto positivo.
Todo esse repertório acumulado, compartilhado e atualizado permanentemente acaba por gerar conteúdos e programas de ensino únicos e diferenciados. São metodologias que nascem de necessidades reais e passam por um processo intenso de estudo, pesquisa e construção em conjunto com especialistas atuantes dentro de cada área.
Por fim, todo esse conteúdo é transmitido com o jeito Ago de ensinar, que tem como premissas o cuidado, o acolhimento e a promoção de práticas de aprendizagem. Tudo com muita conexão entre os participantes.
Podemos dizer, com certeza, que os programas de formação da Ago são capazes de mudar o rumo de quem passa por eles.
Sabe por quê? Eles são pensados para gerar sucesso na atuação de empreendedores socioambientais, captadores de recursos, líderes e gestores do setor de impacto positivo.
Saiba quais são eles:
Este é um programa de treinamento realmente inovador para gestores e líderes.
Ele leva à superação dos desafios da liderança tradicional, habilitando quem quer atuar de forma mais humanizada na gestão de pessoas.
Esta formação on-line prepara ONGs e profissionais da captação de recursos para alcançar a tão desejada saúde financeira.
Quem passa por ela aprende a desenvolver as mentalidades favoráveis para ser bem-sucedido nesse desafio e se torna capaz de criar um processo de recorrência e sustentabilidade na captação.
Este conteúdo mostra o passo a passo e as principais dicas para iniciar a formalização da organização ou negócio socioambiental.
Um diferencial que agrega muito valor e conquista os participantes são os estudos de caso, os quais ajudam o aluno a aprender com uma experiência real.
Os cursos oferecidos pela Ago, pela sua natureza prática e de inovação, são capazes de alavancar ideias, projetos e negócios. É o que vamos mostrar a seguir.
Para nosso orgulho, muitos dos empreendedores sociais e ambientais que passaram pelas nossas formações viveram transformações e alcançaram excelentes resultados em seus empreendimentos.
A Janine, a Tamires e o Fábio são exemplos dessas vitórias.
Klumie
Já ouviu falar em “pivotar”? Esse termo, muito comum no ambiente de startups, significa “mudar de direção”.
A Klumie, negócio de impacto fundado pela Janine Gomes da Silva, passou por uma pivotagem na sua trajetória.
A ideia inicial da empresa, que nasceu em 2020, era atender a dois grandes desafios: a qualificação de profissionais surdos e a criação de tecnologias assistidas para a quebra das barreiras de comunicação.
Contudo, a resposta financeira para essas frentes não aconteceu rapidamente. E, durante a sua passagem por um dos cursos da Ago, a Janine repensou e revalidou o modelo de negócio. Em vez de oferecer serviços para o consumidor final (formato B2C, ou business to consumer), passou a operar como B2B (business to business, ou seja, venda para empresas).
Com a mudança, a Klumie passou a ter mais receita e foi selecionada em diversas acelerações e processos de incentivo. Essa reformulação também permitiu uma aproximação com o poder público, o que abriu portas para a aprovação em licitações.
O desempenho foi tão bem-sucedido que o negócio recebeu o prêmio de melhor empreendimento incubado no Ifes Serra (ES).
Práxis
Vamos pensar juntos. Quantas ideias incríveis deixam de virar realidade por insegurança e medo? Pois é, a Práxis quase entrou para essa estatística.
A consultoria de soluções de impacto socioambiental foi idealizada pela Tamires Clei Nunes e seu sócio, que também é seu companheiro de vida, o Daniel. Eles queriam oferecer a desburocratização de processos para pessoas físicas e jurídicas.
Durante anos, por insegurança, os dois permaneceram apenas planejando, sem nunca conseguir agir. Até que em 2021 participaram do nosso curso Empreendedorismo Social na Real. Ali, entenderam que suas ideias eram, sim, uma modalidade viável de negócio.
Com um modelo pronto, participaram de outra formação da Ago, a AcelerAção, onde se aprofundaram ainda mais no planejamento estratégico de vendas das suas soluções. De lá para cá, formalizaram a empresa e passaram a participar de processos para conseguir aporte financeiro.
A Práxis se tornou, então, um empreendimento real e completo.
Instituto Gera Ações
Tem pessoas que são impulsionadas pela vontade constante de fazer o bem e mudar o mundo, mas que nem sempre conseguem tornar esse sonho sustentável e escalável. Foi assim com o professor Fábio Teixeira, até conhecer a Ago.
Ele já vinha de uma carreira de anos em organizações sociais quando se tornou aluno dos cursos Empreendedorismo Social na Real e Captação Inteligente.
Naquela época, ainda não sabia exatamente como melhorar o projeto em que atuava, o Instituto Gera Ações, onde eram executados projetos educacionais. Fábio até desconhecia alguns termos técnicos do ambiente empreendedor que eram comentados nas aulas.
Essas questões se tornaram um desafio pessoal que o impulsionaram a crescer.
Depois de passar pelos dois programas e aplicar com disciplina os conhecimentos adquiridos, a sua visão mudou para um olhar de negócios e de crescimento.
Uma das maiores contribuições, segundo ele, foi a teoria Effectuation. Ela o fez reconhecer as habilidades e elementos que ele trazia consigo.
Olha o peixe!
Às vezes é difícil olhar para uma atividade milenar, praticada de forma muito parecida de um jeito muito parecido e por povos de todos os cantos do planeta, e conseguir encontrar um modo de fazer aquilo de modo diferente, agregando mais valor.
Mas isso é o que caracteriza o empreendedorismo.
No caso da A Olha o Peixe, o seu fundador, Bryan Renan Müller viu a dificuldade de remuneração mais justa para a pesca artesanal e resolveu buscar alternativas.
Foi assim que desenvolveu um novo modelo de sustentabilidade financeira para a comunidade pesqueira no litoral do Paraná. Ele incluiu as famílias na preparação dos pescados para o consumo e criou novos canais de venda para esses produtos, com preços mais justos.
Hoje a receita vem de um clube de assinaturas, da comercialização para restaurantes e outros estabelecimentos, além da tradicional venda direta para o consumidor final. Como resultado, agregou valor à cadeia produtiva e aumentou a renda familiar naquela localidade.
A Olha o Peixe recebeu da Ago investimento financeiro para executar o modelo de negócio, além de conhecimento e conexões que abriram importantes portas!
Os programas da Ago são pensados para serem um verdadeiro “divisor de águas” para os participantes. Alguns depoimentos mostram que isso realmente acontece:
“O programa supera as expectativas. Entrega o conteúdo proposto e também experiências e partilhas que não são mensuráveis.”
“Um programa diferenciado, muito focado na realidade e na prática, com equipe e metodologia consistentes.”
“Superou minhas expectativas, pois além de atender a minha necessidade abriu novos horizontes.”
“Abrangente, mas ao mesmo tempo pontual nos temas mais problemáticos. Um programa essencial para quem quer aprender a empreender e impactar socialmente!”
“O programa me ajudou a ter a clareza que preciso para continuar trilhando no caminho do empreendedorismo social.”
“Foi excelente! Ótimos professores, didática impecável e conteúdo super atual e prático.”
“Achei o programa muito bem estruturado, planejado e organizado! A combinação entre aulas mais expositivas e aulas práticas facilita a consolidação do conteúdo, proporcionando uma maior aprendizagem.”
“Programa absolutamente completo e surpreendente.”
“A vivência do programa supera as expectativas iniciais.”
“Um curso que foca nas questões que realmente importam para quem está empreendendo ou pretende empreender socialmente. Com conteúdo intenso e profissionais que sabem do que estão falando.”
“Foi o melhor curso que fiz sobre esse tema.”
Este engajamento não é por acaso. Aqui, existe a vontade permanente de impulsionar propósitos e colaborar para que cada empreendedor social gere impacto positivo e evolua sempre.
Como você viu, o empreendedorismo de impacto é uma potência transformadora.
O caminho já foi percorrido por muita gente, o que facilita a vida de quem decide empreender ou expandir a partir de agora. Mas ainda existe muito a ser feito.
Embora não seja fácil, com conhecimento e o suporte de quem tem experiência, as coisas ficam mais leves e possíveis.
Essa é, justamente, a intenção deste guia: dar o passo a passo para você seguir e mostrar exemplos de quem já está fazendo a diferença.
Então, se a sua intenção é mesmo ser um empreendedor social, garanta o que é preciso, estruture a sua ideia e comece a colocá-la em prática.
Aqui na Ago estamos sempre abertos e dispostos a ajudar!
E você está nesta jornada de se tornar um empreendedor social? Então deixe a sua experiência nos comentários. E se você conhece outros empreendedores, compartilhe este artigo!
Ufa, trouxemos muita informação aqui, não é mesmo? Por isso, preparamos um resumo para você.
De acordo com o conceito popularizado por Bill Drayton, o empreendedorismo social se refere a soluções inovadoras para resolver problemas da sociedade.
É, também, um formato de empreendedorismo que usa elementos das práticas tradicionais (inovação, gestão, modelo de negócio, sustentabilidade financeira) para impactar positivamente.
Existem algumas expectativas a respeito de quem empreende no setor de impacto positivo:
Entre muitas causas atendidas pelo empreendedorismo social e ambiental, estas são algumas:
Quem pretende empreender socialmente precisa passar por alguns estágios:
As formações oferecidas pela Ago são construídas com metodologias exclusivas e estruturadas para causar transformação na vida de empreendedores sociais:
Treinamento para gestores e líderes, pensado para superar desafios da liderança tradicional e preparar na gestão mais humanizada de pessoas.
Formação on-line que prepara ONGs e profissionais da captação de recursos para atingir a saúde financeira da instituição.
Conteúdo que mostra o passo a passo e as principais dicas para iniciar a formalização da organização ou do negócio socioambiental.
Há algumas questões que frequentemente deixam em dúvida quem empreende ou quer empreender socialmente.
Vamos responder algumas delas:
Absolutamente, sim.
Como profissional contratado, existe a opção de atuar em organizações e negócios sociais extremamente bem estruturados, locais que contratam funcionários e oferecem remuneração compatível com o mercado.
Como empreendedor, é possível desenvolver um modelo de negócio que proporciona sustentabilidade financeira para a operação, o que inclui a folha de pagamento de funcionários e/ou profissionais contratados como PJ.
Depende. Para isso, você deve atuar em uma organização social ou ambiental que tenha um modelo de negócio que gere receita e seja sustentável financeiramente.
Sim, desde que o objetivo principal seja o benefício às pessoas ou ao meio ambiente, ou seja, desde que a intenção maior seja o impacto positivo. Se o empreendimento existir pela obtenção de lucro, não se trata de um empreendimento de impacto.
Não, os empreendimentos sociais podem se enquadrar tanto no formato jurídico das empresas tradicionais (MEI, sociedade limitada etc.), quanto das organizações da sociedade civil.
Sim, existem organizações filantrópicas que doam seus recursos para negócios de impacto.
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