Continuando a série de trajetórias de empreendedorismo de alunos da Ago, agora é a vez do Fábio Teixeira. Ele, que é professor, começou com projetos sociais na igreja que frequentava e hoje desenvolve um projeto para crianças com uma dedicação que é um verdadeiro exemplo de como começar a empreender socialmente.
Ainda sem se dar conta, Fábio começou executando vários passos essenciais do empreendedorismo, como a escolha de um modelo de negócio que gerasse mais resultados, o teste de ideias e a busca por conhecimento e desenvolvimento permanente.
Fique ligado em mais esta jornada empreendedora que faz parte da história da Ago!
A adequação do modelo de negócio
Depois de mais de dez anos trabalhando no comércio, o paulistano Fábio Sousa Teixeira mudou de carreira e se tornou professor. Isso foi em 2010 e, desde então, o propósito de transformar vidas através da educação passou a ser uma presença permanente.
O início do contato com o social foi por intermédio da igreja batista que frequentava. Lá já existia um projeto com a temática educacional e houve o convite para que o Fábio passasse a liderar a atividade. Como a ideia era expandir a atuação, ele começou por transformar o trabalho em uma ONG (organização não governamental) e, com isso, ter adequação legal para captar recursos. Neste novo formato, a causa ganharia um teor menos religioso sem, contudo, abrir mão dos valores espirituais dos idealizadores.
Apostas e aprendizados
Em 2019, já com a ONG estabelecida, várias ideias foram colocadas em prática para serem testadas na prática. Porém, com a pandemia em 2020, todas as atividades foram suspensas.
O momento de pausa foi usado para avaliar tudo o que estava sendo feito até então (o que estava dando certo, o que podia ser melhorado) e replanejar. Em paralelo, passou a buscar cursos de formação. Neste caminho, conheceu o CADI (Fundo de apoio a crianças carentes), onde conheceu a possibilidade de aliar a questão social ao empreendedorismo e, depois dali, chegou até a Ago.
A profissionalização para empreender socialmente
A mudança que o Fábio buscava incluía deixar o caráter assistencial para impactar a partir da educação.
“Eu gostei da proposta [da Ago] porque vinha na mesma linha que eu queria, que era profissionalizar. Continuar com aquela pegada social, na questão de olhar para a comunidade e auxiliar a transformação, porém profissionalizar.”
Quando entrou na terceira turma do curso Empreendedorismo Social na Real, ele ainda não tinha a clareza exata a respeito de como melhorar o projeto em que atuava e até desconhecia alguns termos técnicos do ambiente empreendedor que eram comentados no programa.
Essa percepção o levou a estabelecer metas de estudar a linguagem do setor e de conhecer pessoas que atuavam nas mesmas causas para aprender em conjunto com elas. Essas questões se tornaram um desafio que, consequentemente, o ajudou muito a crescer.
“(…) Se eles têm esse conhecimento, eu também posso. Isso foi um desafio pessoal para mim. E na medida em que eu fui aprendendo, passei a receber feedbacks, ‘Fábio, você está falando de um jeito totalmente diferente da primeira vez que a gente conversou’, ‘Nossa, você apresentou um pitch perfeito!’. É isso que estou recebendo hoje das pessoas que já estão na área.”
As aplicações práticas no projeto
Desde os primeiros momentos dentro da formação, Fábio procurou levar cada conceito e conhecimento para dentro do próprio projeto, o Instituto Gera Ações. No início não foi fácil, a falta de clareza ainda era um limitador. Mas as ferramentas usadas na metodologia de ensino, como o Effectuation, ajudaram a reconhecer as habilidades e elementos que ele trazia consigo.
“O Effectuation, para mim, foi um divisor de águas porque me deu tranquilidade. Comecei a ver que eu tinha coisas maravilhosas e que não conseguia enxergar. Eu só fiz o exercício de parar e observar quais ferramentas e recursos eu tinha e quem estava do meu lado. Percebi que havia uma equipe fantástica comigo e não tinha me dado conta. Achava que precisava de mais voluntários, e não precisava.”
Outro aprendizado foi a importância do foco, o que levou à escolha de deixar de oferecer esportes e prosseguir somente com alfabetização e reforço escolar, atendendo crianças de 6 a 12 anos.
“Comecei a cuidar mais, fazer uma melhor gestão do que a gente tinha. Com a visão do todo, de onde a gente estava e onde gostaríamos de chegar, começou a ficar um pouco mais claro.”
Fábio considera que o trabalho “está se transformando em um verdadeiro movimento pela educação de qualidade”, pois tem atraído muitos parceiros que também acreditam nesse ideal.
A experiência com a metodologia da Ago
Na visão do professor, um dos fatores que tornou o aprendizado mais eficiente dentro da capacitação da Ago foi o formato de ensino usado nos programas. A aplicação de metodologias ativas, a interação e as dinâmicas, não apenas são favoráveis aos alunos, mas também deixam os professores, que na realidade são profissionais de diferentes áreas, muito à vontade para ensinar.
“Vocês não engessam ninguém. (…) Cada um deles fica super à vontade para mostrar quem é e a sua personalidade. Essa diversidade é muito boa.”
Além do Empreendedorismo Social na Real, o Fábio também passou pelo programa Captação Inteligente. Esse conteúdo tem colaborado para o desafio de manter a saúde do projeto por meio da captação de recursos, sempre procurando elevar o patamar das ações, não permitindo que os recursos reduzam.
Com esse conjunto de conhecimentos, Fábio tem percorrido o caminho de empreender socialmente conduzindo o trabalho com o olhar no futuro.
“Está sendo maravilhoso, um ganho incrível! Sei que para transformar isso naquilo que a gente precisa, que é o recurso, é uma questão de tempo.”
Sim, com a determinação que ele demonstrou até aqui e com essa busca permanente por desenvolvimento, certamente será questão de tempo para os resultados crescerem ainda mais!
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