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Ecossistema de impacto: 3 tendências que movimentam o setor

Ecossistema de impacto: 3 tendências que movimentam o setor

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O ecossistema de impacto é um conjunto de atores e iniciativas que buscam gerar impacto socioambiental positivo e sustentável. Isso ocorre por meio de projetos, negócios e investimentos. Trata-se de um contexto que envolve empreendedores, investidores, intermediários, governo, grandes empresas, comunidades e organizações da sociedade civil.

Em um mundo cada vez mais complexo em termos de desafios para o meio ambiente e a sociedade, esse ecossistema se apresenta como uma alternativa para solucionar problemas ao mesmo tempo em que gera valor econômico

Considerando essa importância, quais são as tendências que devemos esperar ou que estão potencializando o cenário em 2023? Neste post, vamos destacar três delas!

1.O desejo por um propósito

As novas gerações, como os millennials e a geração Z, estão buscando trabalhar em empresas que tenham um propósito claro e que contribuam para a construção de um mundo melhor

Essa busca por sentido aumenta a pressão por engajamento das empresas em ações sociais e práticas de ESG (Environmental, Social and Governance).

Dentro desse quadro, estão a responsabilidade social corporativa (RSC) e o voluntariado corporativo, trabalhos que visam gerar impacto positivo nas comunidades onde as empresas atuam. No caso da atuação com voluntários, as corporações estimulam os funcionários a dedicarem parte do seu tempo e o seu talento para ajudar causas sociais ou ambientais. 

Já as práticas de ESG – as quais podem, inclusive, englobar a RSC e o voluntariado – são direcionadas por critérios que avaliam o desempenho em relação aos aspectos ambientais, sociais e de governança. 

Empresas e profissionais com foco em promover mudanças

Nesse sentido, as corporações têm buscado realizar essas estratégias podem trazer benefícios para as empresas. Entre esses ganhos estão valor compartilhado, reputação, confiança, engajamento, desenvolvimento de competências, integração de equipes, satisfação pessoal e profissional, retenção de talentos e atratividade para investidores e clientes. Muitas vezes, tão estimulante quanto esses ganhos, está o desejo de contribuir positivamente ou recompensar o planeta e as pessoas pelos recursos que utilizam para crescer – é o chamado give back, ou retribuição.

Marcas que se posicionam a partir dessa consciência acabam atraindo o interesse de profissionais que partilham dos mesmos valores.

Portanto, as empresas que quiserem se manter competitivas e relevantes no mercado neste ano de 2023 e daqui para frente, terão que se adaptar às demandas e expectativas das novas gerações, as quais esperam mais do que um emprego: buscam uma missão de vida.

2.Educação a distância

A educação à distância é um formato de ensino que usa a tecnologia para transmitir conhecimentos sem a presença física de alunos e professores. Essa tendência já vinha em crescimento há alguns anos, contudo, com a pandemia da Covid-19, ganhou mais força e se tornou irreversível.

Primordialmente, essa modalidade de ensino pode trazer diversas vantagens para o ecossistema de impacto, considerando as dimensões geográficas do país, limitações financeiras e dificuldades de acesso às formações tradicionais.

O também chamado EAD (ensino à distância) tem o potencial de acelerar o desenvolvimento de organizações da sociedade civil (OSCs) e negócios sociais. Ele funciona como caminho na ampliação do acesso à educação, no desenvolvimento de habilidades, e ainda é uma alternativa que traz flexibilidade, reduz custos e promove inovação.

Desafios e pontos de atenção

Entretanto, também pode haver desafios, como a necessidade de espaços adequados para a aprendizagem e de uma internet de boa qualidade. Além disso, investir permanentemente no formato on-line e digital pode trazer prejuízos à assimilação e adaptação ao conteúdo, em função da menor interação e contato humano. 

Sendo assim, é preciso garantir que todos os alunos tenham acesso à educação completa, de alta qualidade e transmitida de forma didática, independentemente do lugar onde estejam ou da forma como estudem.

Segundo o Censo EAD Brasil 2019-2020, o número de matrículas em cursos a distância cresceu 17% em relação a 2018, enquanto o número de matrículas em cursos presenciais caiu 1%. Logo, podemos esperar que a educação a distância continue sendo uma tendência em 2023 entre aqueles que desejam expandir a educação para lugares antes inacessíveis.

3.Comunicação de causas

A pesquisa intitulada O Conservadorismo e as Questões Sociais, da Fundação Tide Setubal com o Plano CDE, definiu o termo Comunicação de Causas como “O trabalho de comunicação de causas se refere a inserir temas na agenda da sociedade, mobilizar os convertidos, conquistar os indiferentes e influenciar os tomadores de decisão para mudar a realidade social, cultural, econômica e ambiental por meio da sensibilização do público e de mudanças nas políticas públicas”.

Na prática, significa planejar estratégias de comunicação para conscientizar e engajar pessoas, gerando mudanças positivas. São exemplos disso o destaque a temas como direitos humanos, preservação ambiental, educação de qualidade, diversidade e inclusão, entre outras questões relevantes. Essa comunicação precisa ser verdadeira, inspiradora, empática e baseada em dados.

O papel essencial dentro do ecossistema de impacto

Em um cenário de polarização política e disseminação de notícias falsas, a comunicação de causas acaba se tornando uma ferramenta essencial para construir diálogos, despertar a atenção e mobilizar para as questões sociais e ambientais.

Essa expectativa impacta diretamente as empresas de todos os setores. A pesquisa Edelman Trust Barometer 2020 mostra que 74% dos brasileiros esperam que as marcas se posicionem sobre questões sociais relevantes. Em outro levantamento, feito pela Cause Brasil em 2021, 87% dos brasileiros preferem comprar produtos ou serviços de empresas que apoiam causas sociais ou ambientais.

A partir desses posicionamentos, podemos esperar que a comunicação de causas seja uma forte tendência.

Essas e outras tendências se tornam conteúdo de estudo permanente na Ago. Para saber mais a respeito das três que foram apresentadas neste artigo, assista à live da série Ago Talks #2.

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