O ecossistema de impacto é um conjunto de atores e iniciativas que buscam gerar impacto socioambiental positivo e sustentável. Isso ocorre por meio de projetos, negócios e investimentos. Trata-se de um contexto que envolve empreendedores, investidores, intermediários, governo, grandes empresas, comunidades e organizações da sociedade civil.
Em um mundo cada vez mais complexo em termos de desafios para o meio ambiente e a sociedade, esse ecossistema é uma alternativa para gerar soluções capazes de solucionar problemas ao mesmo tempo em que promove valor econômico.
Considerando essa importância, a Ago reuniu representantes de diferentes áreas para avaliar o cenário atual e debater sobre quais mudanças seriam importantes para fazer o setor e impacto positivo avançar. Você pode conferir todo o conteúdo desse encontro em um e-book gratuito, disponível a partir do banner abaixo.
Neste post, vamos destacar algumas dessas tendências, além de outras que mapeamos. Fique até o final para conhecer!
1.O desejo por um propósito
As novas gerações, como os millennials e a geração Z, estão buscando trabalhar em empresas que tenham um propósito claro e que contribuam para a construção de um mundo melhor.
Essa busca por sentido aumenta a pressão por engajamento das empresas em ações sociais e práticas de ESG (Environmental, Social and Governance).
Dentro desse quadro, estão a responsabilidade social corporativa (RSC) e o voluntariado corporativo, trabalhos que visam gerar impacto socioambiental positivo nas comunidades onde as empresas atuam. As marcas que se posicionam a partir dessa consciência acabam atraindo o interesse de profissionais que partilham dos mesmos valores.
Portanto, as empresas que quiserem se manter competitivas e relevantes no mercado neste ano de 2023 e daqui para frente, terão que se adaptar às demandas e expectativas das novas gerações, as quais esperam mais do que um emprego: buscam uma missão de vida.
2. A força das conexões
Para que o empreendimento consiga crescer, ele precisa estabelecer relações estratégicas e se conectar com diferentes atores. Existe um ecossistema disponível e ele deve ser acessado: aceleradoras, incubadoras, organizações dinamizadoras, investidores.
Por outro lado, muitas pessoas estão fazendo coisas parecidas isoladamente, deixando de aproveitar experiências já estabelecidas por não se comunicarem entre si. Os fundadores, empreendedores e gestores deveriam aproveitar mais o que já está sendo feito e trabalhar em parceria, em rede.
3. Educação a distância
Essa tendência já vinha em crescimento há alguns anos, contudo, com a pandemia da Covid-19, ganhou mais força e se tornou irreversível.
O formato EAD (ensino à distância) traz diversas vantagens para o ecossistema de impacto, considerando as dimensões geográficas do país, limitações financeiras e dificuldades de acesso às formações tradicionais.
Essa é uma opção para acelerar o desenvolvimento de organizações da sociedade civil (OSCs) e negócios sociais através do acesso à educação e da redução de custos para o desenvolvimento institucional e das pessoas.
4. Desenvolvimento institucional de OSCs e negócios sociais
O suporte ao desenvolvimento das instituições, com apoio financeiro e de conhecimento, é outra realidade que deve expandir muito. Atualmente, a discussão está em alta, porém com pouca gente realizando – talvez por interesses imediatos ou pela comodidade de doar sem contrapartidas ou investir em quem já está pronto e caminhando.
Por outro lado, há importantes atores do setor olhando para a potencialização do impacto a partir da formação e desenvolvimento das organizações e negócios socioambientais.
Com isso, a aproximação entre o capital e o acompanhamento para desenvolver a gestão das organizações deve crescer como forma de exponencializar o impacto gerado na ponta.
5. Padronização e convergência dentro do ecossistema de impacto
Considerando que o setor está sendo estruturado e passando por amadurecimento, assim como acontece em qualquer área, a padronização é um curso natural. Isso se refere ao estabelecimento de indicadores que sejam comuns e que balizem debates e decisões.
Muitas métricas ainda não traduzem de forma tão clara as transformações no território e na vida das pessoas, por isso essa necessidade – os padrões facilitam a comparabilidade e as avaliações e, portanto, favorecem a comunicação entre todos os stakeholders.
A padronização inclui também a própria linguagem aplicada aos diálogos intersetoriais sobre o tema do impacto positivo.
6. Emergência climática e meio ambiente
Essa é uma tendência que já está em curso. Grandes empresas e suas políticas de ESG, principalmente buscando a mitigação do próprio impacto de suas operações, estão implementando ações de preservação e conservação do meio ambiente, empenhando-se na compensação das emissões de carbono, falando em economia verde, floresta em pé e outros temas voltados ao futuro do planeta.
Outro fato é que os recursos internos e internacionais vão chegar em cada vez maior volume para essas iniciativas, e o setores dois e meio e três precisam se preparar para isso. Formação técnica e em gestão, governança e inovação devem passar a ser temas recorrentes de debate e planejamento.
Essas e outras tendências são conteúdo de estudo permanente na Ago, que você também pode acompanhar assinando a revista AGORA.
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