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Inteligência emocional: tenha resultados a partir do seu comportamento

Inteligência emocional: tenha resultados a partir do seu comportamento

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No mês do Setembro Amarelo, campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, toda informação a respeito de saúde mental é importante. Neste sentido, reforçar a importância da Inteligência Emocional contribui para disseminar essa consciência tão fundamental de autocuidado.

Se você quer entender melhor do que se trata e como a inteligência emocional favorece performances e relações em todos os âmbitos, confira esta leitura!

O que é inteligência emocional

Daniel Goleman, psicólogo norte-americado, desenvolveu a teoria de que a consciência das próprias emoções é um fator de desenvolvimento da inteligência para as pessoas. Assim se popularizou o conceito de inteligência emocional (IE), que se trata da capacidade de reconhecer emoções e sentimentos (tanto os próprios quanto de outras pessoas) e administrar as próprias reações a partir deles

Na prática, se trata de uma habilidade comportamental que afeta diretamente a comunicação e a interação entre as pessoas. Isso porque as emoções costumam funcionar como gatilhos para respostas automáticas de comportamento, as quais, sem passar por um “filtro” de adequação ou proporção, podem ser intensas demais – inclusive negativamente.

De acordo com o modelo de Daniel Goleman, a IE se estabelece sobre cinco pilares:

Autoconsciência

Trata-se do autoconhecimento, da capacidade de interpretar o que as emoções, de fato, querem dizer. A autoconsciência não rejeita ou esconde as emoções, e sim, leva ao reconhecimento delas e da melhor forma de lidar com cada uma.

Autorregulação

Autorregular-se é fugir das reações automáticas, desenvolver controle emocional, o que também inclui avaliar os diferentes lados e pontos de vista antes de tomar decisões.

Automotivação

Este fator integra a base da IE porque situações difíceis, desagradáveis ou opressoras são parte constante da vida e até mesmo do dia a dia. Logo, para alguém se manter resiliente, promover mudanças, atingir objetivos e superar-se terá que estar motivado.

Empatia

A empatia se trata de considerar o sentimento do outro, colocando-se na perspectiva dele, estando pronto para ouvir e procurar compreender genuinamente.

Habilidades sociais (inteligência emocional nas interações)

Aqui se refere ao conjunto de capacidades para interagir socialmente, comunicar-se, influenciar pessoas e gerenciar conflitos. 

Benefícios para os relacionamentos

Essencialmente, desenvolver inteligência emocional reflete nos relacionamentos humanos. É fácil concluir isso ao analisar os pilares que acabamos de conhecer. Todos eles convergem para relações mais humanas e respeitosas.

Não importa o contexto – familiar, corporativo, escolar, comunitário –, interagir eficientemente potencializa o sucesso de qualquer atividade ou convivência.

Neurocientificamente, não temos poder de escolha sobre sentir ou não uma emoção, mas podemos escolher como agir a partir delas, de sorte que desenvolver habilidades comportamentais permite fazer essa gestão e evitar condutas nocivas aos relacionamentos.

Sem contar que estudos mostram: pessoas que praticam autoconhecimento e possuem maior regulação emocional ficam mais propensas a pensar no coletivo, a considerar as razões do outro e a sentir bem-estar na maior parte do tempo. 

Carreira, saúde mental e performance profissional

Diversos estudos e pesquisas também falam dos ganhos gerados pela aplicação da IE nas empresas e equipes de trabalho:

  • Maior controle emocional leva à redução do estresse no ambiente de trabalho;
  • Líderes inteligentes emocionalmente têm mais sucesso na gestão de mudanças e conflitos, são competentes em reconhecer, fornecer feedback, comunicar-se, incentivar a autonomia e a criatividade;
  • Equipes onde competências comportamentais estão presentes são mais engajadas e conquistam maior produtividade e resultados. Além disso, têm maior senso colaborativo e trabalham bem em conjunto;
  • Empreendedores com bons níveis de IE são mais resilientes e lidam melhor com funcionários, clientes e problemas;
  • Profissionais com algum nível de inteligência emocional são mais seguros e eficientes ao expressar ideias ou discordâncias, bem como se saem bem em inovar.

O assunto tem tanta relevância que passou a fazer parte dos critérios de avaliação de desempenho e contratação de pessoas.

E se a questão passou a se associar a contratações e promoções, também está ligada à realidade oposta: as demissões.

A pesquisa Habilidades 360º, realizada em 2020 pela Page Personnel, aponta que 80% dos desligamentos por iniciativa da empresa acontecem por questões comportamentais. O mesmo estudo mostra que entre as três primeiras habilidades sociais buscadas pelas organizações em seus funcionários, duas delas são favorecidas pela inteligência emocional: resolução de conflitos e comunicação assertiva.

Como desenvolver inteligência emocional

Está clara a relação entre comportamento e resultados pessoais e profissionais?

Então é sempre hora de desenvolver essa capacidade e melhorar a qualidade de vida. O caminho é pensar nos pilares da inteligência emocional e trabalhar cada um deles.

Para facilitar, seguem algumas dicas práticas:

  1. Sempre que sentir um impulso para agir desfavoravelmente, pare, respire, reflita sobre qual emoção está sentindo e o que, exatamente, a despertou;
  2. Pense em quais são as reações possíveis em cada circunstância, e entre todas elas, quais podem ser prejudiciais. A partir daí, formule uma resposta mais adequada;
  3. Diante de comportamentos negativos de outras pessoas, faça o exercício de reconhecer a emoção responsável por desencadeá-los;
  4. Antes de tomar uma decisão ou responder, faça perguntas para esclarecer melhor a situação e ampliar o seu campo de visão sobre o cenário;
  5. Procure tirar o foco de si mesmo (deixar o ego de lado) e direcionar para as pessoas ao redor;
  6. Reflita diariamente a respeito de tudo o que você tem de bom e se sinta grato;
  7. Permita a si mesmo ser vulnerável, assumir sentimentos, reconhecer dúvidas e inseguranças;
  8. Adote uma postura positiva e interessada;
  9. Pratique a empatia;
  10. Cultive o autoconhecimento constantemente.

Essas dicas dão condições de desenvolver a habilidade de gerenciar as respostas perante as emoções e as situações. Os ganhos dessa postura se estendem aos diferentes cenários e certamente vão favorecer seus objetivos e resultados!

Gostou de conhecer um pouco mais a respeito da inteligência emocional?

Comente aqui nos comentários quais outros conteúdos você gostaria de encontrar no nosso blog.

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