Sim, é possível para cada um de nós fazer pequenas transformações em todos os espaços onde estivermos atuando. No caso das empresas, um caminho é o voluntariado corporativo.
Essa é uma convicção da Carla Duprat, importante nome do ecossistema brasileiro de impacto positivo, que tem experiência como diretora de sustentabilidade, conselheira e está envolvida há muitos anos com iniciativas de responsabilidade socioambiental. Neste artigo, nós trouxemos um pouco do ponto de vista e da experiência dessa importante agente de transformações.
Acompanhe até o final e conheça um pouco mais sobre o que é capaz de levar o impacto de uma empresa para além dos seus próprios muros.
Voluntariado corporativo como uma forma de seguir impactando
Intencionalidade, inclusão e acesso para todas as pessoas de uma localidade. Foi com essas motivações em mente que Carla percebeu o potencial das empresas serem agentes de transformação.
Uma missão como essa é possível por meio do ativo mais valioso de uma corporação: o capital humano.
“A primeira crença necessária é da empresa como um agente de transformação. Ser um contribuidor para o desenvolvimento local, superando aqueles compromissos tradicionais de pagar impostos e empregar pessoas”.
Chegar lá passa por usar a própria estrutura e o próprio conhecimento. Este último aspecto trata de envolver as pessoas para desenvolver organizações da sociedade civil que atuam nas comunidades. Em outras palavras, estamos falando de voluntariado.
Tal suporte ajuda a construir um ferramental que permite a essas instituições expandir o impacto que já está sendo gerado.
De acordo com a experiência prática de Carla, as oportunidades de aprendizado e de formação foram os fatores mais valorizados quando organizações sociais foram apoiadas.
Resiliência e criatividade
Apesar da intenção de ajudar e praticar um propósito, para fortalecer o engajamento interno e das instituições apoiadas e, assim, garantir resultados ao longo do tempo, é preciso resiliência, criatividade e escuta.
Esses pilares são essenciais para que os colaboradores voluntários e as organizações se mantenham inspirados para seguir atuando:
“Você precisa encontrar caminhos diferentes. Nem sempre se acerta na primeira vez, mas a convicção naquela proposta de valor faz com que você se desprenda do formato para manter a ideia viva e implementá-la”.
A resiliência e a criatividade estão relacionadas com a perspectiva de que não há uma rota estabelecida. Sendo assim, será necessário percorrer diferentes espaços para construir, aprender e gerar mais impacto.
A importância da escuta
Carla Duprat destaca que é preciso, ainda, ir mais adiante. Para ela, a escuta ativa é fundamental, e essa prática requer a disposição de:
● estar atento ao tempo e ao local em que as ideias podem surgir;
● dialogar com as tendências do momento;
● perceber o momento certo para executar uma ideia.
Somente escutando genuinamente as pessoas é que se pode construir e amadurecer os pensamentos para que se tornem ações e projetos e gerem o resultado desejado.
Em muitos casos, mais pessoas gostariam de contribuir, porém, o espaço para isso acontecer precisa existir, e dentro de um ambiente acolhedor.
Logo, precisamos refletir sobre as melhores formas de aproximar a escuta, as ideias e o ferramental de conhecimento para ajudar quem precisa. E, nesse mesmo contexto, atrair investimentos e incentivos para que o trabalho colaborativo siga com consistência.
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Carla Duprat já atuou em grandes corporações como diretora de sustentabilidade e na área de responsabilidade social. Também já foi membro do conselho de organizações de impacto positivo e institutos. Hoje, ela faz parte do ICE – Instituto de Cidadania Empresarial, além de ser professora em diversas oportunidades nas formações da Ago.