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Fontes e estratégias de captação de recursos: por onde começar?

Fontes e estratégias de captação de recursos: por onde começar?

Ago Social - Como captar recursos

Somos resultado de uma cultura que pensa no resultado, no objetivo, no ponto de chegada; não somos preparados para levar em conta e suportar os processos que levam aonde queremos. Quando olhamos para o Terceiro Setor, não é diferente, somos educados para pensar acerca da causa, nunca a respeito da gestão ou da captação de recursos. Porém, considerar e planejar a gestão do dinheiro é se preocupar com o impacto positivo no longo prazo, fazendo o bem para mais pessoas e por mais tempo.

Neste sentido, administrar os recursos – não apenas pensando em onde se deseja aplicá-los, mas principalmente, prevendo de onde virão, em que volume e quando entrarão – precisa se tornar um pilar estrutural da instituição, uma pauta permanente das reuniões e dos planejamentos.

Mas antes mesmo dessa medida essencial, um esclarecimento se faz necessário. Não raramente, os conceitos de fonte e estratégia se confundem, porém, compreender a diferença favorece qualquer plano de ação.

Fontes e estratégias de captação de recursos

Fonte de recurso refere-se à origem do dinheiro, ao “bolso” de onde ele sai, a “quem” vai financiar (empresas, outras organizações, indivíduos, poder público, igrejas, geração própria por fundo patrimonial ou locação de imóveis). 

Estratégia se trata de “como” acessar a fonte, é a forma a partir da qual a fonte é acionada para fazer a doação (mala direta, campanha nas redes sociais, projetos de responsabilidade social e ESG das empresas, leis de incentivo, entre outras).

Para cada tipo de fonte existem diferentes estratégias que podem ser utilizadas. A decisão acerca de qual tipo de fonte ou de estratégia se adapta melhor a um projeto depende de muitas variáveis, como volume a ser buscado, urgência pelo recurso, tempo e equipe disponíveis e condições burocráticas da organização.

O processo para definir fontes e estratégias de captação

O processo de decisão sobre a fonte e a estratégia, o qual depende de uma análise integral: 

  • Qual é o volume de dinheiro pretendido?
  • Com qual recorrência o valor será necessário?
  • Onde o dinheiro será aplicado (recurso carimbado ou livre)?
  • Qual é o esforço necessário para alcançar este recurso (número de pessoas, tempo operacional, expertises) em relação ao que a organização tem disponível?

Em um estágio posterior, outras avaliações ajudam a nortear a decisão:

Uma analogia apresentada por Thiago Massagardi, especialista em captação de recursos, consultor e sócio da Everest Fundraising, ilustra o processo da escolha de onde e como captar fazendo uma analogia com a intenção de se chegar a determinado ponto dentro de uma cidade: seria possível acessar o destino a partir de uma avenida principal, ou então, fazer o trajeto por marginais e vias secundárias, quem sabe até se deslocar por helicóptero. A escolha, porém, dependeria do meio de transporte disponível, do clima no momento, das condições das ruas, do tempo de quem precisar fazer o trajeto etc.

“Uma vez que cada organização possui um contexto muito particular, não existe uma receita pronta ou um ponto de partida determinado”, afirma ele. 

A importância da diversificação

Massagardi lembra que essencialmente há dois tipos de organização: a que pensa na captação de forma planejada e a que pensa quando seus recursos acabam. Segundo ele, “Depois de construir um processo sólido, quando os resultados já acontecem e existe uma sobra de caixa, pode ser o momento de buscar alternativas de captação de recursos”.  

As novas estratégias devem visar ao acesso a recursos não carimbados para financiar o desenvolvimento institucional, formando uma equipe mais qualificada, pensando nos custos fixos (aluguel, luz, água, folha de pagamento etc.), em melhorias na gestão, em ferramentas tecnológicas e na estrutura física, além de permitir um plano de crescimento, se esse for o desejo.

Várias estratégias podem e devem trabalhar juntas. Embora isso demande um trabalho focado, é o que viabiliza a sustentabilidade e a saúde financeira da organização.

Fonte: Everest Fundraising

Um processo bem estruturado de captação de recursos está intimamente ligado a um pensamento sistemático e planejado por parte da organização. Para saber mais sobre esses passos para um processo de captação de recursos vencedor, confira a íntegra da matéria especial na revisa agora. Clique no banner!

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